quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A carta



Parque,19 de janeiro de 1999
Sr. Sinhá:

Julgo ser do seu conhecimento o desaparecimento da sua filha. É verdade que fui eu que a raptei e isso não será uma surpresa para si, pois sabe o Sr. e todos os habitantes do parque que a amo e por isso não poderia deixar que ela casasse com outro que não eu!
Com certeza quererá voltar a ver a sua filha e desde já lhe digo que nada de mal lhe acontecerá, pois eu não sou aquele que me julgam e é com grande pesar que me vejo a obriga-lo a avivar-lhe a memória relativamente a uma situação que tenho presenciado. Ultimamente, o senhor tem ido muitas vezes à casa da andorinha Carolina e também sei que não vai para tratar de negócios, como diz à sua pobre e ingénua mulher…
Pois bem… para que eu possa libertar a sua filha, gostaria que usasse a influência que sei que detém junto dos animais do parque, no sentido de alterar a maldita lei das andorinhas que nos impede de sermos felizes.
Creio que, se falar com a coruja, será mais fácil conseguir isto que pretendo. Caso contrário, ver-me-ei forçado a contar tudo o que sei e tenho visto, que você engana a sua mulher com a melhor amiga dela. E olhe que eu tenho provas!... muitas e muitas fotografias que o incriminam.
A juntarem bico com bico… que desavergonhados!...
Pense bem nisto o que é que os outros animais do parque vão pensar de si?!... Que o homem que diz respeitar sua esposa, engana-a sem vergonha?!
Espero que todos consigamos sair a ganhar com esta situação e vir a ver felizes!
Não pense que esta carta é obra de uma mente desequilibrada.
Gato Malhado

Trabalho coletivo, elaborado a partir da carta da Patrícia do 8ºB

No passado dia 17 de Novembro Ivo Machado veio à nossa escola:



E perguntam vocês... Quem é Ivo Machado?


Ivo Machado é o melhor músico famalicense...



Lírio do vale agreste
palpitação de cor
por que razão vieste
se não foi por amor?

Se não foi para alguém
ver na tua candura
a beleza que tem
toda a beleza pura?

Se não foi para o céu
invejar o que encerra
de profundo e de seu
qualquer palmo de terra?

António Sousa e Ivo Machado



E não pude deixar de tirar uma fotografia com Ivo Machado, para partilhar convosco!  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Imagina que participaste numa viagem por terras longínquas e pouco exploradas…


Imagina que participaste numa viagem por terras longínquas e pouco exploradas…
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Era uma manhã quente em que o sol brilhava no alto céu.
        Acabara de acordar e apercebo-me que os restantes tripulantes do meu navio, apesar de estarem um pouco alvoraçados, tinham um sorriso rasgado na cara.
Levantei-me e perguntei o que se tinha passado, quando um dos nossos apontou para a frente com o dedo indicador e disse:
- Descobrimos uma nova terra!
A notícia deixou-me extasiado e simultaneamente curioso…
O navio parou e nós, desajeitados e empolgados, saltamos do navio.
Então, deparamo-nos com um aglomerado de pessoas estranhas completamente nuas.
Imaginávamos que seriam Índios, por isso, calmamente tentamos falar com eles.
Não foi difícil o entendimento e volvidas algumas horas, sentaram-se todos a comer o que ali havia, menos eu que, sem ninguém dar por nada fui explorar a ilha.
Avistei seres invulgares, pássaros exóticos de cores deslumbrantes e várias espécies de plantas raras.
Caminhando ao sabor da brisa, pela vegetação luxuriante, avistei uma nascente. Era magnífica!... A sua água era de um azul tão cristalino que nele se refletia o céu.
Todas estas paisagens deixavam-me deslumbrado, não queria regressar, mas as saudades da família superavam esta vontade.
Finalmente o dia do regresso chegou. Estas imagens vão permanecer para sempre na minha memória e talvez um dia consiga repetir esta experiencia incrível

Trabalho coletivo elaborado pelo 8ºB a partir do texto da aluna Isabel Teles


Poema de Eugénio de Andrade



As palavras

São como um cristal
as palavras.
Algumas um punhal,
um incêndio.
Outras orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias
de memória.
Inseguras navegam,
barcos ou beijos,
as águas estremecem

Desamparadas, inocentes
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas,
Verdes paraísos lembram
ainda.

Quem as escuta?
Quem as recolhe assim,
cruéis desfeitas,
nas suas conchas puras?



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