terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A poesia anda na escola



O cantor, professor e cartoonista, Ivo Machado, acompanhado pelo professor e declamador, António Sousa, apresentaram-se na escola E.B.I de Arnoso Santa Maria, no dia 17 de novembro, pelas 10.15h, para darem a conhecer a poesia de Miguel Torga.
Estes ilustres convidados deslocaram-se a este estabelecimento de ensino a convite das professoras de Língua Portuguesa, no âmbito do projeto “A poesia anda na escola”.
A sessão foi muito interessante, pois alguns dos poemas foram declamados e outros cantados, o que permitiu um ambiente de descontração e aprendizagem.
Os alunos ficaram a conhecer um pouco mais da vida e obra deste grandioso vulto da cultura portuguesa.
A simplicidade, o amor e respeito pela natureza, a forte ligação à terra natal, o elogio às terras transmontanas são algumas das características da personalidade do poeta, destacadas por Ivo Machado e António Sousa e evidenciadas na poesia de Miguel Torga.
“Lírio do vale agreste” foi um dos poemas cantados por Ivo Machado. Para além disto, houve ainda oportunidade de ouvir António Sousa a declamar textos como “Um reino maravilhoso”, do qual se destacou a hospitalidade do povo transmontano, um conto de Natal, algumas das fábulas dos “Bichos” ou o poema “A Bola”.
No decorrer da atividade, os convidados tiveram a simpatia de oferecer um poema e um CD à aluna Sara Cruz, do Curso de Educação e Formação, pelo facto de ela ter sido muito interventiva.
A atividade terminou com uma sessão de autógrafos e fotografias.
Os alunos esperam poder participar novamente numa experiência única e entusiasmante como esta.

Texto elaborado pela turma do 8ºB, na aula de Língua Portuguesa.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A carta



Parque,19 de janeiro de 1999
Sr. Sinhá:

Julgo ser do seu conhecimento o desaparecimento da sua filha. É verdade que fui eu que a raptei e isso não será uma surpresa para si, pois sabe o Sr. e todos os habitantes do parque que a amo e por isso não poderia deixar que ela casasse com outro que não eu!
Com certeza quererá voltar a ver a sua filha e desde já lhe digo que nada de mal lhe acontecerá, pois eu não sou aquele que me julgam e é com grande pesar que me vejo a obriga-lo a avivar-lhe a memória relativamente a uma situação que tenho presenciado. Ultimamente, o senhor tem ido muitas vezes à casa da andorinha Carolina e também sei que não vai para tratar de negócios, como diz à sua pobre e ingénua mulher…
Pois bem… para que eu possa libertar a sua filha, gostaria que usasse a influência que sei que detém junto dos animais do parque, no sentido de alterar a maldita lei das andorinhas que nos impede de sermos felizes.
Creio que, se falar com a coruja, será mais fácil conseguir isto que pretendo. Caso contrário, ver-me-ei forçado a contar tudo o que sei e tenho visto, que você engana a sua mulher com a melhor amiga dela. E olhe que eu tenho provas!... muitas e muitas fotografias que o incriminam.
A juntarem bico com bico… que desavergonhados!...
Pense bem nisto o que é que os outros animais do parque vão pensar de si?!... Que o homem que diz respeitar sua esposa, engana-a sem vergonha?!
Espero que todos consigamos sair a ganhar com esta situação e vir a ver felizes!
Não pense que esta carta é obra de uma mente desequilibrada.
Gato Malhado

Trabalho coletivo, elaborado a partir da carta da Patrícia do 8ºB

No passado dia 17 de Novembro Ivo Machado veio à nossa escola:



E perguntam vocês... Quem é Ivo Machado?


Ivo Machado é o melhor músico famalicense...



Lírio do vale agreste
palpitação de cor
por que razão vieste
se não foi por amor?

Se não foi para alguém
ver na tua candura
a beleza que tem
toda a beleza pura?

Se não foi para o céu
invejar o que encerra
de profundo e de seu
qualquer palmo de terra?

António Sousa e Ivo Machado



E não pude deixar de tirar uma fotografia com Ivo Machado, para partilhar convosco!  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Imagina que participaste numa viagem por terras longínquas e pouco exploradas…


Imagina que participaste numa viagem por terras longínquas e pouco exploradas…
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Era uma manhã quente em que o sol brilhava no alto céu.
        Acabara de acordar e apercebo-me que os restantes tripulantes do meu navio, apesar de estarem um pouco alvoraçados, tinham um sorriso rasgado na cara.
Levantei-me e perguntei o que se tinha passado, quando um dos nossos apontou para a frente com o dedo indicador e disse:
- Descobrimos uma nova terra!
A notícia deixou-me extasiado e simultaneamente curioso…
O navio parou e nós, desajeitados e empolgados, saltamos do navio.
Então, deparamo-nos com um aglomerado de pessoas estranhas completamente nuas.
Imaginávamos que seriam Índios, por isso, calmamente tentamos falar com eles.
Não foi difícil o entendimento e volvidas algumas horas, sentaram-se todos a comer o que ali havia, menos eu que, sem ninguém dar por nada fui explorar a ilha.
Avistei seres invulgares, pássaros exóticos de cores deslumbrantes e várias espécies de plantas raras.
Caminhando ao sabor da brisa, pela vegetação luxuriante, avistei uma nascente. Era magnífica!... A sua água era de um azul tão cristalino que nele se refletia o céu.
Todas estas paisagens deixavam-me deslumbrado, não queria regressar, mas as saudades da família superavam esta vontade.
Finalmente o dia do regresso chegou. Estas imagens vão permanecer para sempre na minha memória e talvez um dia consiga repetir esta experiencia incrível

Trabalho coletivo elaborado pelo 8ºB a partir do texto da aluna Isabel Teles


Poema de Eugénio de Andrade



As palavras

São como um cristal
as palavras.
Algumas um punhal,
um incêndio.
Outras orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias
de memória.
Inseguras navegam,
barcos ou beijos,
as águas estremecem

Desamparadas, inocentes
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas,
Verdes paraísos lembram
ainda.

Quem as escuta?
Quem as recolhe assim,
cruéis desfeitas,
nas suas conchas puras?


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Alto Douro

A maravilhosa e marcante paisagem do Alto Douro mostra-nos as inúmeras vinhas cobertas por folhas multicolores entre montanhas e vales.
O orvalho das noites frescas junto do rio, todo aquele imenso verde apetecível, entrelaçado por afluentes, e aquele melodioso silêncio provocam-me uma sensação agradável.
Pouco a pouco apercebo-me de que estou diante um mundo tranquilo onde o trabalho é visível.
Nos extensos dias das vindimas, quando ainda pequenos raios de sol rasgam o céu, os vindimadores, cheios de força e de vontade de trabalhar aproximam-se das uvas maduras, prontas a ser colhidas.
Aproxima-se a hora do almoço. Sardinha assada com broa chega para matar a fome. O dia ainda é longo e o trabalho ainda é árduo. É necessário continuar, pois a doçura do vinho do Porto será reconfortante!
Prosseguimos a viagem por aqueles caminhos onde nos chega ao coração o silêncio das revoltas e das lágrimas de cansaço destes pobres trabalhadores.
Ao anoitecer, do outro lado da margem, só restam os pequeninos pontos luminosos que simbolizam o descanso de muitos.
O longo dia acaba. A noite que aí vem é curta como tantas outras que já se foram.
Para trás, fica o coração do Douro cheio de histórias inolvidáveis para contar.
Trás-os-Montes é um tesouro aberto, cheio de trabalho, beleza, ar puro…
É soberbo imaginar-me lá!!!

Trabalho coletivo pela turma do 8ºB sob a orientação da professora Lurdes Dias e tendo por base os textos produzidos pelos alunos:
Andreia Marques
Anne Ribeiro
Bebiana Lopes
Cláudia Rodrigues
Luís Moreira
Patrícia Araújo
Tiago Oliveira

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Trás-os-Montes:



Num primeiro momento, as imagens acompanhadas daquela melodiosa música provocam-me uma sensação agradável: As marcantes paisagens fechadas entre montanhas e vales, todo aquele imenso verde apetecível entrelaçado por afluentes! ...
Pouco a pouco apercebo-me que de que estou diante um mundo tranquilo onde o trabalho é visível.
Ao anoitecer, só restam os pequeninos pontos luminosos que simbolizam o descanso de muitos.
Quando ainda pequenos raios de sol rasgam o céu, os vindimadores trabalham arduamente. Os seus almoços são simples: sardinha assada com broa chega para matar a fome. Quando acabam, voltam às vindimas, para fazer o doce vinho do Porto.
O longo dia acaba. A noite que aí vem é curta como tantas outras que já se foram. E aí fica o coração do Douro cheio de histórias excecionais para contar.
Trás-os-montes é um tesouro aberto, cheio de trabalho, beleza, ar puro…
É soberbo imaginar-me lá!!!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

José Saramago...

Texto não literário
Texto A
Vida e obra de José Saramago
1922 – José Saramago nasce na aldeia da Azinhaga, concelho da Golegã, a 16 de Novembro
1940 – Trabalha nas oficinas dos Hospitais Civis de Lisboa
1944   Casa-se pela primeira vez; nasce a primeira filha Violante
1947 – Publica, na editora Minerva, o romance terra do pecado,
1966 – Publica os Poemas Possíveis, na Portugália
1969 – Entra para o Partido Comunista
1975 – Torna-se diretor adjunto do «DN»; publica novo livro de poemas, O ano de 1993
1980/81 – Sai o romance Levantado do Chão e a peça Que Farei com este livro? ; galardoado com o prémio Cidade de Lisboa
1982 – Publica o romance Memorial do Convento
1983 – Ganha o Prémio Literário Município de Lisboa e do Pen Club com Memorial do Convento.

Texto B
Saramago – Prémio Nobel da literatura 1998
“ O escritor dedicou o prémio a todos os falantes de Português. O anúncio foi recebido com orgulho em Portugal. A Igreja não gostou. Eram 13 horas em ponto em Estocolmo e meio-dia em Portugal quando a Real Academia Sueca anunciou aquilo que, seguindo a norma habitual da venerável instituição, estava há várias semanas prometido para “ uma quinta-feira de Outubro”, sem data certa o nome do Nobel da literatura 1998. O prémio foi para José Saramago, que se tornou no primeiro escritor de Língua Portuguesa a receber a distinção”.
  

Repara que os textos A e B são essencialmente informativos.
A objectividade sobrepõe-se à emoção.
A linguagem é impessoal; as palavras estão no seu sentido corrente, não suscitam várias interpretações.

Texto literário - texto não literário:

 
Texto não literário
Texto literário
É, predominantemente, informativo.
Sem deixar de ser informativo, abre espaço à ficção, à emoção, à expressão dos sentimentos.
É objetivo (cada palavra possui um só ;significado).
É subjectivo (aberto a várias interpretações); socorre-se de vários recursos expressivos.
Tem intenção mais imediata, utilitária.
Tem intenção estética
Usa uma linguagem impessoal (o emissor apaga-se para fazer ressaltar o conteúdo) isto é, fria e direta
Usa uma linguagem mais pessoal (a subjectividade do emissor é importante na análise do conteúdo).
O texto não literário, diz, afirma, declara; é, por isso, denotativo
O texto literário sugere, insinua, evoca, remete para, reenvia para; é, por isso, conotativo.



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