domingo, 10 de junho de 2012

Que dia é hoje? 10 de Junho... Sabes porque é que se fala tanto neste dia?





Luís Vaz de Camões um dos maiores poetas de todos os tempos. Assim como uma das suas obras,Os Lusíadas, a mais conhecida e temida.
Está aqui a oportunidade de saber um pouco sobre este poeta português.
Primeiramente saiba, que Camões faleceu em 1580, e a data de seu falecimento é utilizada para comemorar o Dia do Português. 

A vida de Luís Vaz de Camões poderia ser contada por Heródoto, afinal nada é certo e praticamente tudo é baseado em suposições. A começar pela data de nascimento, da qual se sabe apenas o ano, 1524. Camões nasceu em uma família dita “de pequena nobreza”, o que lhe proporcionou uma educação de boa qualidade – coisa rara naquela época. A nobreza da família lhe proporcionou também conviver entre os aristocratas e a boémia literária de Lisboa.
Apesar da “boa vida”, Camões alistou-se no exército, com o qual viajou para Ceuta, onde combateu e acabou perdendo um olho. Também se alistou para lutar na Índia, mas não o fez. Camões chegou a conhecer a Índia, mas não pelo exército, na verdade viajou até lá, depois de ser libertado da prisão, onde ficou por ter iniciado briga com um funcionário do exército. Conta-se que, na viagem de volta, o navio naufragou e a companheira de Camões veio a falecer. Ele no entanto, teve de fugir a nado, salvando os manuscritos de sua maior obra, Os Lusíadas. O relato deste naufrágio está descrito na obra.
Camões meteu-se em confusões com Dom Francisco Coutinho, vice-rei de Goa, onde acabou sendo presos por dívida e suplicando em versos para que fosse solto. De lá foi para Moçambique a convite de um amigo. O convite só foi aceito porque passava por dificuldades financeiras.
Em 1567, Camões retornou a Lisboa, agora em posse dos manuscritos de Os Lusíadas pronto. Saiu em busca de um editor e, em 1572, publicou a obra. A dedicatória da obra à Dom Sebastião, rei de Portugal, lhe rendeu uma pensão de 15 mil réis, quantia modesta, que não lhe rendeu fortunas, já que em 10 de junho de 1580 faleceu na miséria e seu enterro teve de ser pago por uma instituição de caridade.
Camões é mais um dos que morreram na pobreza e tiveram suas obras valorizadas depois do falecimento do autor.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Feliz dia da criança



Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho 
é uma constante da vida 
tão concreta e definida 
como outra coisa qualquer, 
como esta pedra cinzenta 
em que me sento e descanso, 
como este ribeiro manso 
em serenos sobressaltos, 
como estes pinheiros altos 
que em verde e oiro se agitam, 
como estas aves que gritam 
em bebedeiras de azul. 

Eles não sabem que o sonho 
é vinho, é espuma, é fermento, 
bichinho álacre e sedento, 
de focinho pontiagudo, 
que fossa através de tudo 
num perpétuo movimento. 

Eles não sabem que o sonho 
é tela, é cor, é pincel, 
base, fuste, capitel, 
arco em ogiva, vitral, 
pináculo de catedral, 
contraponto, sinfonia, 
máscara grega, magia, 
que é retorta de alquimista, 
mapa do mundo distante, 
rosa-dos-ventos, Infante, 
caravela quinhentista, 
que é Cabo da Boa Esperança, 
ouro, canela, marfim, 
florete de espadachim, 
bastidor, passo de dança, 
Colombina e Arlequim, 
passarola voadora, 
pára-raios, locomotiva, 
barco de proa festiva, 
alto-forno, geradora, 
cisão do átomo, radar, 
ultra-som, televisão, 
desembarque em foguetão 
na superfície lunar. 

Eles não sabem, nem sonham, 
que o sonho comanda a vida. 
Que sempre que um homem sonha 
o mundo pula e avança 
como bola colorida 
entre as mãos de uma criança. 
 

António Gedeão, in 'Movimento Perpétuo'

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