quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

História da Língua Portuguesa



·         A origem

o   Expansão do Império Romano:
Latim era a língua utilizada.
Português e as línguas românicas, o galego, o castelhano, o francês, o italiano, o catalão, o romeno…

Surgiram da mistura do latim e os idiomas falados nas diferentes regiões europeias conquistadas pelo Romanos

O latim apresentava diferentes registos linguísticos:
O latim vulgar, falado pelo povo
O latim literário e culto, usado pelos escritores e falado nos discursos no Fórum.

·         Influências de outros povos

o   Visigodos e Suevos
Os Visigodos e os Suevos invadem a Península Ibérica (mas aceitam a língua e cultura existentes).   
   Porém, muitas palavras, sobretudo dos Visigodos, entraram na língua.

Algumas das palavras herdadas: brandir , vassalo, elmo, estribo, guerra, raça, luva, Ricardo, brecha, orgulho, barriga…



o   Árabes
Invasão árabe ocupando quase toda a Península Ibérica.
 A sua língua deixou marcas maiores do que os Visigodos  a nível de vocabulário relacionado com a agricultura ( azeitona, laranja, açúcar, algodão, azenha, tâmara, alfarroba…), a guerra ( atalaia, alcácer, alferes, tambor…) as ciências ( álgebra, algarismo, alambique…) a construção ( tabique, azulejo…), etc.

·         O verdadeiro nascimento da língua Portuguesa
A evolução do latim nasce, ao nível da oral, o galego-português, língua falada na Galiza e no Norte de Portugal.
Mas o latim continuava a ser usado como única língua escrita, nos documentos jurídicos, pelo clero e por alguns nobres.
Porém, a partir do século XII o galego- português passa a ser usado também na escrita.
Em 1143, inicia-se um processo linguístico no sentido da autonomização do falar do povo de Entre Douro e Minho em relação ao falar da Galiza.
No século XIII a mando de D. Dinis, os livros e documentos passam a ser escritos em Português.

Influências posteriores
Nos séculos XV e XVI, com a expansão marítima, a língua portuguesa começou a ser falada em muitas regiões de África, da Ásia e América do Sul, com isto, foram arrecadadas palavras provenientes dessas origens.

Africa: Missanga, macaco, cachimbo, banana, samba, carimbo, tanga…
Ásia: Leque, chá, pagode, canja, chávena, soja, biombo…
América: Ananás, piroga, canoa, cacau, chocolate, batata, amendoim, furação…

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Funções sintáticas ao nível da frase


 
Uma frase é constituída por uma palavra ou grupos de palavras que funcionam como uma unidade de sentido completo. Assim, cada elemento da frase desempenha uma função distinta, denominada função sintática.

 

Sujeito: aquele que desempenha a acção.

Pode ser representado por:

·         Um determinante e um nome

Ex: O António adormeceu.

·         Um nome

Ex: Coimbra é a cidade dos estudantes.

·         Um pronome

Ex: Ela escreve bem.

·         Uma palavra ou expressão nominal

Ex: Nevar é típico no inverno.

 



Tipos de Sujeito:


Sujeito Simples – é constituído por apenas um grupo nominal ou por uma oração
Ex: O meu cão gosta de brincar com as crianças.
Ex:O Pedro passou de ano.
Ex:Lisboa é banhada pelo rio Tejo.

Sujeito composto -  é constituído por uma coordenação de grupos nominais ou de orações.

Ex:O cão e o gato gostam de brincar com as crianças.
Ex:O Pedro e a Maria passaram de ano.
Ex:Lisboa e Setúbal são banhadas por rios.
Ex:Eu, tu e ele trabalhamos todos os dias.

Sujeito Nulo

·         Sujeito subentendido – Não está expresso o sujeito, mas, pelo contexto, sabe-se quem pratica ação.

 

Ex: Adormecem cedo

·        
Sujeito Indeterminado -
Não se sabe quem pratica a ação

 

Ex: Conta-se que era uma princesa
(...) Assaltaram hoje muitas lojas na baixa.


Sujeito Expletivo – Ocorre com verbos impessoais.

Ex: Parece que o exame correu mal.
Ex:Trovejou muito esta tarde..
Ex:Está a chover muito.

Predicado


É a função sintática desempenhada pelo verbo e pelos complementos que seleciona.

Permite determinar o objetivo indicado pelo sujeito ou afirmar algo sobre este.

É constituído pelo verbo e pelos constituintes dele presentes:

·         Complemento direto

·         Complemento indireto

·         Complemento oblíquo

·         Predicativo do sujeito

·         Predicativo do complemento direto

·         Complemento agente da passiva

Ex: O filho escreveu uma carta à mãe.

Ex: Fiquei comovido com o teu gesto.

Ex: A aluna não ganhou a bolsa, infelizmente


Funções Sintáticas internas ao grupo nominal


Complementos do nome (obrigatório) ( antigo complemento determinativo)

São elementos que, pela intima relação que têm com o nome, lhe alteram o sentido, caso sejam retirados; aparecem sempre à direita do nome, tratando-se de constituintes obrigatórios.

·         Um grupo preposicional que restringe a realidade do nome

Ex: A visita de estudo correu bem.

·         Um adjetivo colocado à direita do nome, formando uma unidade de sentido

Ex: A carta topográfica estava errada.

 

 

Modificadores do nome (facultativo)

·         Restritivo (antigo atributo) – É um constituinte do grupo nominal que se situa normalmente à direita do nome e que não pode aparecer separado por vírgulas.

Pode ser um adjetivo, um grupo preposicional ou uma oração subordinada relativa restritiva.

Ex: Um cão vadio dormia na rua.

Ex: O passeio de bicicleta foi interessante.

·         Apositivo (antigo aposto) – É constituinte que presta uma informação adicional, sendo sempre isolado por vírgulas. Pode ser um grupo nominal, um grupo adjetival, um grupo preposicional ou uma oração subordinada relativa explicativa.

 Ex: O atleta, pessoa humilde e empenhada, lesionou-se.

 

Funções Sintáticas internas ao grupo verbal

 

 

·         Complemento direto – é o elemento que está diretamente ligado a um verbo transitivo direto.

Ex: Ontem comprei um livro.

·         Complemento indireto – é o elemento que se encontra indiretamente ligado a um verbo transitivo por meio da preposição a.

Ex: Darei flores à minha namorada

·         Complemento oblíquo é um constituinte obrigatório que pode apresentar a forma de grupo preposicional ou grupo adverbial e ainda coordenação de uma dessas formas.

 

Ex: A Joana vive em Coimbra

 

Ex: Puseste ali o livro?

 

·         Complemento agente da passiva – é um grupo preposicional introduzido pelo preposição por, que corresponde ao sujeito da ação.

 

Ex: A baleia foi encontrada por um pescador. (Um pescador encontrou a baleia)

 

·         Predicativo do sujeito – surge na oração junto de verbos copulativos, e que estabelece uma relação de sentido com o sujeito.

 

Ex: O miúdo ficou magoado no jogo.

NOTA: Verbos Copulativos (Ser, estar, ficar, continuar, parecer, permanecer, andar, tornar-se).

·         Predicativo do complemento direito – é o elemento que se junta ao complemento direto dos verbos como considerar e eleger.

 

Ex: A assembleia nomeou o João presidente.

 

·         Modificador (antigo grupo móvel) – é um constituinte funcional opcional (pode estar na frase ou não), que é selecionado pelo núcleo do grupo sintático de que depende. Pode ser constituído por:

 

o   Um grupo adverbial não é exigido por nenhum elemento da frase. Podem ser interrogados ou negados.

 

Ex: A professora leu o texto pausadamente.

 

Ex: Os alunos foram ontem a uma visita de estudo.

 

o   Um grupo preposicional não exigido pelo núcleo verbal, sendo sempre iniciado por uma preposição; pode ser identificado através de uma pergunta cuja resposta corresponde ao grupo verbal.

 

o   Uma frase subordinada que tem como função modificar o grupo verbal.

 

Ex: Necessito de mais tempo para concluir este trabalho.

(oração subordinada final)

 

Ex: Maria chorou quando o seu quando morreu.

(oração subordinada temporal)

 

Ex: Foi à discoteca porque queria divertir-se.

(oração subordinada causal)

 

·         Vocativo – o vocativo é a função que identifica o interlocutor e que ocorre frequentemente em frases imperativas, exclamativas e interrogativas.

Funciona como aposição ao sujeito, expresso ou subentendido, aparecendo sempre isolado por vírgulas.

 

Ex: Maria, faz-me um favor.

 

Ex: Já te disse, filho, para estudares!

 

Ex: Vais amanhã ao cinema, João?

                     Ex: Ó Catarina, chega aqui!


 

Nota:. Verbos intransitivos — São aqueles que possuem sentido completo, não carecendo, por isso, de qualquer complemento.

Verbos transitivos São aqueles que, possuindo embora significação, se revelam insuficientes para exprimir integralmente a acção, precisando, portanto, de ser completados.





 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


Guião de Leitura Pessoal – “ O Principezinho”

Sobre o autor – Antoine de Saint-Exupéry nasceu em Lyon a 29 de junho de 1900 e morreu a 31 de julho de 1944 foi escritor, ilustrador e piloto.

 Em 1926, recomendado por amigo, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação, onde começa então sua carreira como piloto de linha. Na noite de 31 de julho de 1944,ele descolou-se de uma base aérea na Córsega e não retornou...

O alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry. Seu corpo nunca foi encontrado.

 

Sobre a obra – O Principezinho é um musical do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943 nos Estados Unidos. Numa primeira leitura, aparenta ser um livro para crianças, mas possui um grande teor poético e filosófico.

Autor: Antoine de Saint-Exupéry

Dedicado: à criança que Léon Werth foi

Ilustrador: Antoine de Saint-Exupéry

Editora: Éditions Gallimard Agir

Editorial Presença

Ano de lançamento: 1943

Páginas do livro: 93

 

Resumo – O livro “O Principezinho” começa por falar da infância do autor, onde explica que aos 6 anos teve que abandonar a carreira de pintor porque as pessoas crescidas não entendem nada. Descreve a sua viagem no seu avião que caiu no Deserto Saara

Entretanto aparece um menino que lhe pede para desenhar uma ovelha. Como ele não sabe desenhar bem, desenha uma caixa. Dentro dessa caixa está a ovelha. Ele quer a ovelha porque ele vive num asteróide muito pequenino. Lá às vezes nascem embondeiros. No seu asteróide também tinha 2 vulcões ativos e 1 adormecido. Também tem uma flor única no mundo.

Ele saiu do seu asteróide porque já estava farto da flor. Depois de ter saído de lá visitou um asteróide onde habitava um rei e depois um onde habitava um vaidoso. No 3º habitava um bêbado, no quarto um homem de negócios, no 5º estava um candeeiro e um acendedor de candeeiros. O 6º era habitado por um geógrafo. O 7º planeta que visitou foi na Terra. A Terra tinha todas as profissões dos outros países, só que em “quantidades” muito grandes.

Ele caiu no deserto e encontrou uma serpente, perguntou-lhe pelos homens, mas ela não tinha visto ninguém.

Ele continuou o seu caminho e encontrou um jardim cheio de rosas. Elas eram iguais à sua flor, por isso ficou infeliz, afinal a sua rosa não era única no mundo.

Pouco tempo depois encontrou uma raposa que lhe pediu para o cativar porque assim teria uma pessoa importante para ele. Assim cada vez que a raposa olha-se para o trigo ia lembrar-se dele. Falaram sobre a sua flor e chegaram á conclusão que afinal a sua flor era única, porque o tinha cativado.

Foi-se embora e encontrou um agulheiro e um vendedor. O vendedor vendia comprimidos para as pessoas não terem sede. Eles começaram a ter sede. Eles não tinham água nenhuma e pensaram que iam morrer á sede. No outro dia de manhã acharam um pouco e beberam água.

 Ao lado do poço estava um muro em ruínas, lá em cima estava o principezinho e lá em baixo serpente. O narrador chegou lá e a cobra fugiu.

Entretanto o narrador arranjou o avião. Nesse dia o principezinho vai ter com a serpente e pede-lhe que o morda para que possa regressar ao seu planeta e tratar da sua flor.

E a partir desse dia o narrador olhava para o céu e do sorriso do principezinho quando via as estrelas.

 

Citações – Gostei muito da seguinte citação: “ Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos” porque causa do seu significado, não devemos desvalorizar ou julgar algo só pelo seu aspeto exterior, devemos procurar o que tem de especial.

 

Comentário –  Esta história dá-nos uma grande lição de vida. Mostra que os adultos não dão qualquer relevância às coisas que realmente são importantes, preocupam-se demasiado com números, são muito materialistas, não vêm com o coração, só com os olhos, e existem determinadas coisas que só o coração vê (sente). Felizmente que ainda existem adultos que se parecem com as crianças e compreendem-nas. A meu ver toda a gente devia ler este livro.

 

 
Ana P

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