Ao
final da tarde do passado dia 10 de outubro, nós, alunos do 10ºD do Curso de
Línguas e Humanidades participamos numa homenagem aos professores da nossa
escola.
Decidimos
promover esta homenagem plantando uma árvore muito especial, uma ginkgo biloba, considerada um fóssil vivo, esta árvore é símbolo da paz
e da longevidade por ter sobrevivido às explosões atómicas no Japão.
A
homenagem começou com a leitura de Natália Santos, um texto por ela escrito.
“Estamos
aqui hoje para prestar uma homenagem aos professores da nossa escola porque
eles fazem tanto por nós e chegou a altura de mostrarmos o nosso agradecimento.
Queremos-lhes agradecer pela sua preocupação diária para com os alunos, para
nos proporcionar uma boa educação para conseguirmos alcançar os objetivos para
o nosso futuro. Os professores não nos ajudam apenas a ser bons alunos, apesar
de muitas vezes não nos apercebermos, os professores têm também uma grande
contribuição naquilo que somos hoje, como pessoas. Eles ensinaram-nos, e
continuam a nos ensinar, a ser cidadãos responsáveis.
Para
isso a nossa turma decidiu plantar uma árvore. Em que o tronco que é o suporte,
representaria os professores da nossa escola e os ramos representariam os
alunos que se encontram em constante crescimento.”
De seguida os alunos Nuno Emanuel e Helena Silva declamaram o poema
“Professor, diz-me porquê?” de Cecília
Meireles
Professor diz-me porquê?
Por que roda o meu pião?
Ele não tem roda
e roda, gira, rodopia
e cai morto no chão…
-
Tenho nove anos, professor
e há tanto mistério à minha roda
que eu queria desvendar
Por que é que o carro é azul?
Por que é que marulha o mar?
Porquê?
Tantos porquês que eu…
eu queria saber!
E tu que não me queres responder!
-
Tu falas, falas professor daquilo que te interessa.
Tu obrigas-me a ouvir
quando eu quero falar,
se eu vou descobrir
faz-me decorar!
É a luta professor
a luta em vez do amor….
-
mas,
enquanto tua voz zangada ralha
tu sabes, professor,
eu fecho-me por dentro,
faço uma cara resignada
e finjo que não penso em nada,
mas penso…
-
Penso em como era engraçada
aquela rã
que esta manhã ouvi coaxar…
Que graça que tinha
aquela andorinha
que ontem à tarde vi passar.
-
E quando tu podes vens definir
o que são conjuntos e preposições,
quando me fazes repetir
que os corações
tem duas aurículas e dois ventrículos
e tantas
tantas mais definições…
-
Meu coração, o meu coração
Que não sei como é feito
E nem quero saber…
Cresce dentro do peito
A querer saltar pra fora, professor
E ver se tu assim compreenderias
E me farias mais belos os dias!
Por que roda o meu pião?
Ele não tem roda
e roda, gira, rodopia
e cai morto no chão…
-
Tenho nove anos, professor
e há tanto mistério à minha roda
que eu queria desvendar
Por que é que o carro é azul?
Por que é que marulha o mar?
Porquê?
Tantos porquês que eu…
eu queria saber!
E tu que não me queres responder!
-
Tu falas, falas professor daquilo que te interessa.
Tu obrigas-me a ouvir
quando eu quero falar,
se eu vou descobrir
faz-me decorar!
É a luta professor
a luta em vez do amor….
-
mas,
enquanto tua voz zangada ralha
tu sabes, professor,
eu fecho-me por dentro,
faço uma cara resignada
e finjo que não penso em nada,
mas penso…
-
Penso em como era engraçada
aquela rã
que esta manhã ouvi coaxar…
Que graça que tinha
aquela andorinha
que ontem à tarde vi passar.
-
E quando tu podes vens definir
o que são conjuntos e preposições,
quando me fazes repetir
que os corações
tem duas aurículas e dois ventrículos
e tantas
tantas mais definições…
-
Meu coração, o meu coração
Que não sei como é feito
E nem quero saber…
Cresce dentro do peito
A querer saltar pra fora, professor
E ver se tu assim compreenderias
E me farias mais belos os dias!
Por último passamos à plantação da nossa árvore, com participação dos
alunos do ensino especial.
Pusemos terra e regámo-la.