No dia 22 de Outubro de
2014, as turmas A, B, C e D do 11º ano realizaram uma visita de estudo a Cabeceiras
de Basto, acompanhadas pelos professores das disciplinas envolvidas, Geografia,
Biologia, Geologia e Português.
No caso da turma D,
como é de Línguas e Humanidades os principais objetivos relativamente à
disciplina de Geografia foram identificar os recursos endógenos capazes de
potencializar o desenvolvimento da região, equacionar a importância do turismo
para o desenvolvimento das áreas rurais e relacionar as características físicas
da região com os recursos humanos existentes. No caso das turmas A, B, e C a
visita no âmbito das disciplinas de Biologia e Geologia teve como objetivos
conhecer as formas de organização dos sistemas biológicos, reconhecer a
diversidade de organismos existentes na biosfera, compreender a existência de
diferentes formas de interação entre os seres vivos num ecossistema e
reconhecer a dinâmica patente nos fenómenos de evolução, extinção e conservação
bem como as suas relações. Quanto à disciplina de Português, como faz parte de
ambas as áreas, os seus objetivos para a visita dirigiram-se para todos os
alunos, foram, então, motivar os alunos para o estudo da arte barroca,
compreender a arte como manifestação de identidade cultural dos povos,
reconhecer as influências do estilo do barroco na literatura e sensibilizar os
alunos para a atividade estética.
Durante a viagem com destino
a Cabeceiras de Basto alguns alunos aproveitaram para dormir enquanto outros
iam conversando com os colegas.
Em primeiro lugar, à
chegada, os alunos foram divididos em dois grupos, um com os alunos de Línguas
e Humanidades e o outro com os alunos de Ciências e Tecnologias. A nossa turma,
11º D, foi encaminhada para o Mosteiro de S. Miguel de Refojos onde nos foi
dada uma breve introdução sobre o Mosteiro, bem como a origem do seu nome. Já
na igreja pudemos observar imensos elementos decorativos e as suas
características, tendo a nossa guia nos explicado cada uma, tais como a talha
dourada repleta no altar-mor, a presente simetria, a igreja em forma de cruz
latina, a origem beneditina do Mosteiro e a razão de por baixo dos dois órgãos
haver figuras demoníacas pois simbolizavam a diferença entre o bem e mal, essas
figuras eram as pessoas e a elevação da melodia dos órgãos o céu.
Ficamos a conhecer as três
virtudes, a fé, a esperança e a caridade que eram essenciais no mosteiro. A
nossa Guia deu-nos também a conhecer a proposta que foi feita este ano à UNESCO
pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto classificando o zimbório da cúpula
com trinta e três metros no Mosteiro, património mundial da humanidade.
De seguida a turma
percorreu a sacristia da igreja onde nos deram a conhecer as estátuas de
madeira de S. Bento e S. Escolástica, irmãos gémeos, as cinco telas do pintor
Francisco Correia, obras raras em Portugal que foram colocadas no Mosteiro para
serem protegidas, entre outros como um altar de talha dourada e um lavatório
bastante simétrico, também ele com figuras demoníacas presentes.
Passamos ainda pelos
claustros, antigo local de lazer dos monges, pelas instalações da Câmara
Municipal e pela sala da Assembleia Municipal onde ficamos a conhecer o
significado dos elementos do brasão de Cabeceiras de Basto.
Concluída a visita ao
Mosteiro, alguns alunos aproveitaram para registar o momento tirando
fotografias.
De seguida a turma
foi encaminhada para a Casa do Tempo onde fomos recebidos por um simpático guia
que nos mostrou as diferentes tradições, o património e as gentes de Cabeceiras
de Basto. Ficamos ainda a conhecer o lema da casa “ Lembrar é conhecer”,
durante toda a visita pudemos ouvir sons característicos da região, como o
uivar dos lobos e o cantar dos pássaros.
Concluímos a passagem
pela Casa do Tempo com a visualização de um pequeno filme sobre Cabeceiras de
Basto que nos convida a visitar o concelho, com paisagens, imagens e palavras
melodiosas quase impossíveis de recusar com momentos de descontração, serras
onde a vida corre, a natureza em estado selvagem e intacto se pode desfrutar
entre árvores, onde o paraíso cruzado pelas águas do Tâmega é imensamente belo,
onde as águas fazem mover o mundo e a terra antiga é vigiada pelas montanhas.
Finalmente, dirigimo-nos ao
Centro de Educação Ambiental de Vinha de Mouros onde almoçamos os mantimentos
trazidos de casa. Houve ainda tempo para observar os animais que aí habitavam.
De seguida, alguns
professores aproveitaram para tomar um café enquanto alguns alunos não perderam
a oportunidade de comer um gelado. Com os dois grupos reunidos o regresso à
escola foi bastante calmo e num ambiente animado.
Na minha opinião,
desta visita de estudo é impossível esquecer a simpatia com que fomos
recebidos, a enormidade e beleza do mosteiro repleto de história e as tradições
das gentes com que fomos contemplados, sem esquecer, claro, as belas paisagens
do Centro de Educação Ambiental de Vinha de Mouros e o verde exuberante de
Cabeceiras de Basto.