sábado, 9 de abril de 2011

Esta criatura...

Esta criatura encantada de enormes asas
Que entra pela porta estreita dos meus sonhos
Traz em seus olhos a luminosidade das brasas
Cobre com a seda de suas mãos, meus medos medonhos

Exala sobre minha face, seu hálito floral
Derrama em cada parte do meu corpo
Um fino óleo especial

Abro as janelas emperradas
Quero arejar meu âmago
Onde percorro longas estradas

O anjo me conduz a um dourado amanhecer
Entre jardins de delícias me deito
Até o próximo anoitecer




Úrsula Avner 

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